quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Art. 9 — Se a doutrina sagrada deve usar de metáforas.



 

Neste artigo, aponta dois princípios sobre a natureza da Doutrina Sagrada enquanto manifestação da ciência divina:

A Doutrina Sagrada não é uma ciência ínfima, como a poética; e a mesma esta ordenada à manifestação da verdade e por isso  os que a tornam conhecida terão a vida eterna.
 (Eccle 24, 31): 31. Aqueles que me tornam conhecida terão a vida eterna. Leia mais em: http://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/eclesiastico/24/#ixzz2sYZiMIt2

Se, proceder por comparações e representações é próprio da poética, portanto  não convém a esta ciência usar de comparações. Mesmo porque as comparações ocultam a verdade, principalmente as comparações divinas com as corpóreas.

Porem estas sublimes criaturas conseguem realizar esta tarefa divina quanto tanto conseguem, metaforicamente, serem escolhidas por Deus por se assemelharem com a Vontade Divina.
( Os 12, 11) Falei aos profetas e multipliquei as visões; pela boca dos profetas falei em comparações. Leia mais em: http://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/oseias/12/#ixzz2sYjdl1Mq

SOLUÇÃO. — É conveniente à Sagrada Escritura transmitir as coisas divinas e espirituais por comparações metafóricas com as corpóreas. Pois, provendo Deus a todos, segundo a natureza de cada um, e sendo natural ao homem chegar, pelos sensíveis, aos inteligíveis — pois todo o nosso conhecimento começa pelos sentidos — convenientemente, a Sagrada Escritura nos transmite as coisas espirituais por comparações metafóricas com as corpóreas.

Também convém à Sagrada Escritura, comumente proposta a todos, segundo o Apóstolo, 

(Rm 14): Sou devedor a gregos e a bárbaros, a sábios e a simples. Leia mais em: http://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/romanos/#ixzz2sYmSb2it

Propor as coisas espirituais por comparações com as corpóreas para que, ao menos assim, as compreendam os rudes, não idôneos para conceber os inteligíveis em si.