9ª Estação: Jesus cai pela terceira vez
Questao 35: A Imagem
Sth I q 35 a 2: O nome Imagem é próprio do Filho?
Jesus é o murro, a cerca que impede que profanam , os infiéis, o Templo Sagrado. Nossa Senhora é a armadura que torna forte, o fraco. O terço é a arma que combate os inimigos. Hoje podemos conquistar a Paz do Senhor.
- A Paz esteja contigo, diz o sacerdote,
- A Paz esta sempre conosco, respondem os fieis.
"Disse-lhe Jesus: Hoje entrou a salvação nesta casa, portanto também este é o filho de Abraão" Lucas l9,9
Jesus cai pela terceira vez.
"Eram na verdade os nossos sofrimentos que ele carregava, eram nossas dores que levava às costas. E a gente achava que ele era um castigado, alguém por Deus ferido e massacrado" Isaías, 53,4
Tomas de Aquino conclui em sua Summa: o nome Imagem é próprio do Filho.
Então esta é a imagem do Filho?, caído?, castigado e humilhado?, excluído?.
Jesus não é um pecador e portanto não teria de morrer. A morte é a punição do pecado.
"Aquele que não conhecera o pecado, Deus o fez vitima pelo pecado, por causa de nós, a fim de que, por ele, nos tornemos justiça de Deus" 2Cor 5,21
Jesus não usou de sua autoridade para ser tratado como Deus, mas se despojou da Sua forma gloriosa. Toma para Si a forma de escravo, torna-SE semelhante aos homens e por todos é reconhecido em seu aspecto, como um homem. Por semelhança com o homem, cai pela terceira vez. Não há a intenção de atenuar a humanidade de Jesus, porque não poderia nos ter salvo.
Mas, por quê?
Esta semelhança e imagem de Jesus na Via-Sacra é a imperfeição. A Imagem Pai e Filho do único principio do Espirito Santo é a suprema perfeição divina. Entretanto, a suprema perfeição divina reflete no homem na sua Criação. O homem é uma Imagem da Trindade Única, assimilados pelo movimento de nossa tendencia natural a perfeição.
Pelo pecado original perdemos o direito de percorrer a propensão em direção a perfeição. Não conseguimos, por nossas próprias forças e vontades, alcançar o mais alto grau da beleza divina . Esta assimulação natural, Tomas de Aquino identifica como apetição, isto é, uma inclinação natural, a tendencia do sujeito para aquilo que lhe convêm. Ela de imediato é irreprimível do sentido comum e da emoção.
O sentido comum classifica como visão, audição, olfato, paladar e tato. A emoção é nomeada, pelo autor, como:- desejo-aversão-amor-ódio-alegria-tristeza-ira-antecipação-desespero-coragem-medo. Estas emoções podem ser bem fortes ou mal percebidas dependendo de um complexo de fatores.
Se o pecado original foi a causa da nossa precariedade, que condicionou nossa apetição ao convívio com a falta da necessidade do Bem, o conhecimento tornou-se a chave que possibilita a transformação dos sentimentos à Verdade que tanto almejamos para nossa remissão.
No artigo do Dr. Paine, "Apetição Intelectual em Tomas de Aquino e seu Intelectualismo" publicado pela revista AQUINATE, nº4, de 2007, estas questões são detalhadas e demonstradas de forma esplendida, para o atual texto, destaco:
" este desejar, essa vontade humana, o fio condutor dessa Summa Teologica sendo não a Sabedoria Divina e sim a Veritas Catholica do apologeta contemporâneo, dirige a atenção muito mais aos argumentos particulares do que ao desígnio geral da obra"
"Pois é Deus que realiza em vós tanto o querer como o fazer, conforme o seu desígnio benevolente" Fl 2,13O espaço demarcado por Cristo é a interioridade espiritual do ser humano.
Esta Imagem - Jesus cai pela terceira vez - é apetição racional que segundo a teoria tomasiana da vontade, é puramente espiritual. Alojada no Coração Sagrado de Jesus Cristo, que injeta na humanidade, a semelhança à Deus, o poder da criatividade pessoal, humana. Esta condição possibilita a produção de uma rota pessoal da superação do pecado original, juntamente com a Graça de Deus.
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