quarta-feira, 17 de setembro de 2014

6ª Estação: Veronica enxuga o rosto de Jesus

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Questão 34: O Verbo :  

 A pessoa do Filho atribuem-se três nomes: Filho, Verbo e Imagem.

Sth I q 34 a 2: Verbo é o nome próprio do Filho?
6ª Estação: Verônica enxuga o rosto de Jesus



Inicialmente, fizemos a pesquisa sobre a origem do Veu de Verônica. Abaixo alguns dados e as fontes pesquisadas: 
 
Uma Tradição muito antiga da Igreja diz que uma mulher enxugou o rosto de Cristo no caminho do Calvário; milagrosamente a imagem de Jesus sofredor teria sido gravada no lenço da mulher. A tradição a chama de Verônica (Veros icona – ícone verdadeiro ).
O Santo Rosto é um véu de 17×24 centímetros. Quando o se aproxima do véu, pode-se ver a imagem de um homem que sofreu, pelos golpes da paixão, como os que sofreu Cristo.
o livro apócrifo dos Atos de Pilatos (século VI), fala-se de uma mulher, conhecida com o nome de Verônica (do nome «Vera icona», «verdadeiro ícone»), que enxugou com um véu o rosto de Cristo na Via Sacra. Apesar destas fontes incertas, que se encontram já no século IV, segundo constata o Pe. Pfeiffer, alemão, a história do Véu da Verônica está presente através dos séculos na tradição católica

Fonte:http://blog.cancaonova.com/padreluizinho/2013/03/29/curiosidade-o-veu-e-a-veronica-existiram/


O profeta Isaías, numa palavra luminosa e carregada de profundo mistério sobre a vida do “Servo Sofredor”, diz o seguinte: “Era desprezado e abandonado pelos homens, homem sujeito à dor, familiarizado com o sofrimento, como pessoas de quem todos escondem o rosto; desprezado, não fazíamos caso nenhum ele. E, no entanto, eram nossos sofrimentos que ele levava sobre si, nossas dores que ele carregava” (Is 53,3-4). Os sofrimentos de Jesus têm a ver com os pecados de nossa humanidade ferida pelos insultos da desobediência à vontade do Pai. Criados para a felicidade e a intimidade com o projeto de harmonia original estabelecido pelo Criador no paraíso, preferimos nos afastar dele e andar errantes, seguindo nosso próprio caminho, desgarrados como ovelhas sem Pastor. Mas, Jesus aceitou sobre si o preço de nossa reconciliação com Deus. Assim, a imagem de Cristo desfigurado, que aparece no véu de Verônica, é o retrato vivo de nossa maldade, de nossas iniquidades, de nossa desobediência, de nossas traições. Como se expressou Dom Luciano Duarte: “Nós somos o véu de Verônica”. Mas, atravessando a imagem desfigurada desse véu, diante do qual todos nos encontramos, atingimos a plenitude da reconciliação que Deus nos mereceu por meio de Jesus, seu Divino Filho.

Fonte:http://catolicosnarede.wordpress.com/2011/04/21/o-veu-de-veronica/

A questão é: Verônica enxuga o rosto de Jesus, ou
                    Verônica enxuga a face do Verbo.

Verbo é a participação da Sabedoria Divina que nos chega nesta vida, através dos sentidos. Tomas de Aquino defende que o  surgimento do conhecimento é com  o nosso contato  sensível com o mundo exterior
Teologicamente expressando, o contato que temos com a Sabedoria Divina pode ocorrer porque toda a criatura tem uma mesma raiz, no sentido que foi um ser pensante  originado do  Criador. Através das diversas formas de quase perfeições das criaturas, podemos inferir novas ideias sobre a Ciência de Deus.

Quais foram, então estas diversas formas de quase perfeições nas Sagradas Escrituras?

Por meio do verbo enxugar, pudemos levantar os seguintes acontecimentos:

Evangelho João 13: "4 Então Jesus se levantou da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5 Colocou água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando com a toalha que tinha na cintura.6 Chegou a vez de Simão Pedro. Este disse: «Senhor, tu vais lavar os meus pés?» 7 Jesus respondeu: «Você agora não sabe o que estou fazendo. Ficará sabendo mais tarde.» 8 Pedro disse: «Tu não vais lavar os meus pés nunca!» Jesus respondeu: «Se eu não o lavar, você não terá parte comigo.»

Apocalipse de São João 21: 4 Ele vai enxugar toda lágrima dos olhos deles,
 pois nunca mais haverá morte,
 nem luto, nem grito, nem dor.
 Sim! As coisas antigas desapareceram!»

Evangelho Lucas 7: "36 Certo fariseu convidou Jesus para uma refeição em casa. Jesus entrou na casa do fariseu, e se pôs à mesa. 37 Apareceu então certa mulher, conhecida na cidade como pecadora. Ela, sabendo que Jesus estava à mesa na casa do fariseu, levou um frasco de alabastro com perfume. 38 A mulher se colocou por trás, chorando aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés. Em seguida, os enxugava com os cabelos, cobria-os de beijos, e os ungia com perfume."
 
Jeremias 31: 15 Assim diz Javé: Escutem! Ouvem-se gemidos e pranto amargo em Ramá: é Raquel que chora inconsolável por seus filhos que já não existem mais. 16 Pois assim diz Javé: Segure os soluços e enxugue as lágrimas, porque há uma recompensa para a sua dor
 - oráculo de Javé: eles voltarão do país inimigo; 17 existe esperança de um futuro
 - oráculo de Javé: seus filhos voltarão para a pátria. 18 Eu escuto Efraim que se lamenta: «Tu me corrigiste e eu fui corrigido, como um garrote ainda não amansado. Faze-me voltar, e eu voltarei, porque tu és Javé, meu Deus. 19 Afastei-me, mas depois me arrependi; e, ao entender, bati no peito. Fracassei, fiquei confuso, pois carrego a vergonha da minha juventude». 20 Será que Efraim não é o meu filho predileto? Será que não é um filho querido? Quanto mais o repreendo, mais me lembro dele. Por isso, minhas entranhas se comovem, e eu cedo à compaixão - oráculo de Javé."
Fonte:http://www.paulus.com.br

Continuando a reflexão, Verônica, como ícone, e enxugar como ato de esperança: perdão, fim das dores, fim da morte, Nova Aliança, percebemos como no Antigo e Novo Testamento "a Revelação dar-se-nos em forma de palavras e de obras, de fatos, cuja significação costuma ser compreendida pelo acontecimento da palavra. Sem a palavra que interpreta o acontecimento e o seu significado salvífico, e o propõe à fé, não há Revelação em sentido pleno" M.Helena Pratas, "Palavras e Obras na Revelação", Aquinate nº 8,2009.

Aprofundando esta questão, encontramos no artigo do Profº Sergio Salle, uma explicação esclarecedora sobre uma nova abordagem teórica que possibilita superar o modelo sujeito-objeto. Segundo o professor, no seu artigo "Nomear Deus: Tomas de Aquino e Paul Ricoeur" , há possibilidade de termos uma "nomeação narrativa", no sentido que, é uma critica as metafisicas modernas fundadas no cogito. "A nomeação de Deus pelos textos bíblicos especifica o horizonte de legitimidade do discurso teológico e da fé pessoal, ao mesmo tempo que obriga o teólogo a renunciar a qualquer tentativa de fundamentação racional da sua fé" pag.65.


Concluímos com Santo Tomas de Aquino: " Com efeito, é conhecendo-se a si mesmo, que o Filho e o Espirito Santo e todas as outras coisas compreendidas em sua ciência, que o Pai concebe o Verbo de tal maneira que no Verbo é a Trindade inteira que é dita a toda criatura."




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