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Questão 34: O Verbo :
A pessoa do Filho atribuem-se três nomes: Filho, Verbo e Imagem.
Sth I q 34 a 2: Verbo é o nome próprio do Filho?
6ª Estação: Verônica enxuga o rosto de Jesus
Inicialmente, fizemos a pesquisa sobre a origem do Veu de Verônica. Abaixo alguns dados e as fontes pesquisadas:
Uma Tradição muito antiga da Igreja diz que uma mulher enxugou o rosto de Cristo no caminho do Calvário; milagrosamente a imagem de Jesus sofredor teria sido gravada no lenço da mulher. A tradição a chama de Verônica (Veros icona – ícone verdadeiro ).
O Santo Rosto é um véu de 17×24 centímetros. Quando o se aproxima do véu, pode-se ver a imagem de um homem que sofreu, pelos golpes da paixão, como os que sofreu Cristo.
o livro apócrifo dos Atos de Pilatos (século VI), fala-se de uma mulher, conhecida com o nome de Verônica (do nome «Vera icona», «verdadeiro ícone»), que enxugou com um véu o rosto de Cristo na Via Sacra. Apesar destas fontes incertas, que se encontram já no século IV, segundo constata o Pe. Pfeiffer, alemão, a história do Véu da Verônica está presente através dos séculos na tradição católica
Fonte:http://blog.cancaonova.com/padreluizinho/2013/03/29/curiosidade-o-veu-e-a-veronica-existiram/
O profeta Isaías, numa palavra luminosa e
carregada de profundo mistério sobre a vida do “Servo Sofredor”, diz o
seguinte: “Era desprezado e abandonado pelos homens, homem sujeito à dor,
familiarizado com o sofrimento, como pessoas de quem todos escondem o rosto;
desprezado, não fazíamos caso nenhum ele. E, no entanto, eram nossos
sofrimentos que ele levava sobre si, nossas dores que ele carregava” (Is
53,3-4). Os sofrimentos de Jesus têm a ver com os pecados de nossa humanidade
ferida pelos insultos da desobediência à vontade do Pai. Criados para a
felicidade e a intimidade com o projeto de harmonia original estabelecido pelo
Criador no paraíso, preferimos nos afastar dele e andar errantes, seguindo
nosso próprio caminho, desgarrados como ovelhas sem Pastor. Mas, Jesus aceitou
sobre si o preço de nossa reconciliação com Deus. Assim, a imagem de Cristo
desfigurado, que aparece no véu de Verônica, é o retrato vivo de nossa maldade,
de nossas iniquidades, de nossa desobediência, de nossas traições. Como se
expressou Dom Luciano Duarte: “Nós somos o véu de Verônica”. Mas, atravessando
a imagem desfigurada desse véu, diante do qual todos nos encontramos, atingimos
a plenitude da reconciliação que Deus nos mereceu por meio de Jesus, seu Divino
Filho.
Fonte:http://catolicosnarede.wordpress.com/2011/04/21/o-veu-de-veronica/
A questão é: Verônica enxuga o rosto de Jesus, ou
Verônica enxuga a face do Verbo.
Verbo é a participação da Sabedoria Divina que nos chega nesta vida, através dos sentidos. Tomas de Aquino defende que o surgimento do conhecimento é com o nosso contato sensível com o mundo exterior
Teologicamente expressando, o contato que temos com a Sabedoria Divina pode ocorrer porque toda a criatura tem uma mesma raiz, no sentido que foi um ser pensante originado do Criador. Através das diversas formas de quase perfeições das criaturas, podemos inferir novas ideias sobre a Ciência de Deus.
Quais foram, então estas diversas formas de quase perfeições nas Sagradas Escrituras?
Por meio do verbo enxugar, pudemos levantar os seguintes acontecimentos:
Evangelho João 13: "4 Então Jesus se levantou da mesa, tirou o manto, pegou uma
toalha e amarrou-a na cintura. 5 Colocou água na bacia e começou a lavar os pés
dos discípulos, enxugando com a toalha que tinha na cintura.6 Chegou a vez de Simão Pedro. Este disse: «Senhor, tu vais
lavar os meus pés?» 7 Jesus respondeu: «Você agora não sabe o que estou
fazendo. Ficará sabendo mais tarde.» 8 Pedro disse: «Tu não vais lavar os meus
pés nunca!» Jesus respondeu: «Se eu não o lavar, você não terá parte comigo.»
Apocalipse de São João 21: 4 Ele vai enxugar toda lágrima dos olhos deles,
pois nunca mais haverá morte,
nem luto, nem grito, nem dor.
Sim! As coisas antigas desapareceram!»
Evangelho Lucas 7: "36 Certo fariseu convidou Jesus para uma
refeição em casa. Jesus entrou na casa do fariseu, e se pôs à mesa. 37 Apareceu
então certa mulher, conhecida na cidade como pecadora. Ela, sabendo que Jesus
estava à mesa na casa do fariseu, levou um frasco de alabastro com perfume. 38
A mulher se colocou por trás, chorando aos pés de Jesus; com as lágrimas
começou a banhar-lhe os pés. Em seguida, os enxugava com os cabelos, cobria-os
de beijos, e os ungia com perfume."
Jeremias 31: 15 Assim diz Javé: Escutem! Ouvem-se gemidos e pranto amargo
em Ramá: é Raquel que chora inconsolável por seus filhos que já não existem
mais. 16 Pois assim diz Javé: Segure os soluços e enxugue as lágrimas, porque
há uma recompensa para a sua dor
- oráculo de Javé: eles voltarão do país
inimigo; 17 existe esperança de um futuro
- oráculo de Javé: seus filhos
voltarão para a pátria. 18 Eu escuto Efraim que se lamenta: «Tu me corrigiste e
eu fui corrigido, como um garrote ainda não amansado. Faze-me voltar, e eu
voltarei, porque tu és Javé, meu Deus. 19 Afastei-me, mas depois me arrependi;
e, ao entender, bati no peito. Fracassei, fiquei confuso, pois carrego a
vergonha da minha juventude». 20 Será que Efraim não é o meu filho predileto?
Será que não é um filho querido? Quanto mais o repreendo, mais me lembro dele.
Por isso, minhas entranhas se comovem, e eu cedo à compaixão - oráculo de Javé."
Fonte:http://www.paulus.com.br
Continuando a reflexão, Verônica, como ícone, e enxugar como ato de esperança: perdão, fim das dores, fim da morte, Nova Aliança, percebemos como no Antigo e Novo Testamento "a Revelação dar-se-nos em forma de palavras e de obras, de fatos, cuja significação costuma ser compreendida pelo acontecimento da palavra. Sem a palavra que interpreta o acontecimento e o seu significado salvífico, e o propõe à fé, não há Revelação em sentido pleno" M.Helena Pratas, "Palavras e Obras na Revelação", Aquinate nº 8,2009.
Aprofundando esta questão, encontramos no artigo do Profº Sergio Salle, uma explicação esclarecedora sobre uma nova abordagem teórica que possibilita superar o modelo sujeito-objeto. Segundo o professor, no seu artigo "Nomear Deus: Tomas de Aquino e Paul Ricoeur" , há possibilidade de termos uma "nomeação narrativa", no sentido que, é uma critica as metafisicas modernas fundadas no cogito. "A nomeação de Deus pelos textos bíblicos especifica o horizonte de legitimidade do discurso teológico e da fé pessoal, ao mesmo tempo que obriga o teólogo a renunciar a qualquer tentativa de fundamentação racional da sua fé" pag.65.
Concluímos com Santo Tomas de Aquino: " Com efeito, é conhecendo-se a si mesmo, que o Filho e o Espirito Santo e todas as outras coisas compreendidas em sua ciência, que o Pai concebe o Verbo de tal maneira que no Verbo é a Trindade inteira que é dita a toda criatura."